segunda-feira, fevereiro 28, 2005

No médico...

- Muito bem... De acordo com os sintomas que você descreveu e com o exame, você está com gastrite.

- Gastrite?!

- É... Surpresa?

- Hm... Mais ou menos... Gastrite é aquele negócio que corrói tudo por dentro, que deixa a gente enjoada, que dói, derruba, deixa de cama e sem coragem pra nada?

- É.

- Ah...

- O que houve?

- Não... Nada... É só que eu não sabia que o termo médico pra saudade era gastrite...

por A.L.

sexta-feira, fevereiro 25, 2005

Constatação.

Fechou na loucura.
Lou-cu-ra.

Vade reto, capeta!

terça-feira, fevereiro 22, 2005

Mudanças... Isso mesmo: mu-dan-ças!

Nota da redação: eu vinha tooooda serelepe escrever aqui, crente que o blog estava largado às moscas; quando chego, post enooorme de M. Bom, peço desculpas a ela, mas vou ter que escrever; hoje é uma daquelas coisas "é agora ou nunca".

Eu nunca tive muita certeza quanto a sinais, essas coisas de pistas de que alguma coisa é "meant to be"; sempre achei que quando elas são meant, elas simplesmente be... Entenderam nada, não é?!

Enfim... Hoje à tarde, confesso que tive que me render um pouco à magia dos sinais. O mais engraçado é que o empurrão pra que isso acontecesse veio, ainda que indiretamente, de uma pessoa que já não faz mais parte da minha vida, mas que teve nela um papel muito importante.

O sinal (literalmente) caiu no meu colo: uma carta antiga que recebi deessa pessoa. Nela, era citada uma carta anterior que eu havia escrito; não me lembro de onde tirei essa frase; uma dessas frases feitas, lugares comuns, que a gente escuta e não esquece. "A vida é como estar sentado em um trem, de costas para onde se está indo: é possível ver o que passou, nunca o que vai passar".

Para mim, isso sempre quis dizer que vivemos muito mais em lembranças que no presente. Pelo menos eu sempre fui assim... Mas andei pensando: desde que me entendo por gente, se eu sentar de costas para a direção que estou seguindo, fico enjoada; deve ser por isso que ando assim.

A partir de agora, o negócio mudou; eu vou de frente. Mudanças à vista... E tenho dito!

a entidade: o vácuo.

muito engraçada essa situação, o vácuo.
passei por uns apertos essa semana, em decorrência dele, e também constrangi alguns em igual circunstância.

o fato é que as pessoas são estranhas, naturalmente.
se por um mínimo tempo ficam sem se falar, já vêem motivo pra olhar com desconfiança e não cumprimentar um conhecido, ou até amigo de outra época, pretérito não muito distante.
em bate-papo virtual, então, meu deus! respostas furtivas e evasivas são as mais vistas por m³ de tela.

não vou ficar fazendo perguntas transcendentais e chateando os já poucos cativos desse blog, querendo saber se é só comigo (by the way, será que é só comigo?! hunf. ¬¬)... acho que o intuito desse post-carão é a pura reflexão, sinceramente. aquele lance de fazer a sua parte.

ah, convenhamos, deixar as pessoas no vácuo é nada louvável.
não, eu não faço isso voluntariamente. e essa semana pude perceber o quanto isso afeta as relações interpessoais em evolução/ascensão. deixa-as (as relações e as pessoas) em situação vexatória, beirando a iminência do fim, quando tais relações já mal existem!

agora?! o próximo passo é o esforço descomunal pra trazer de volta o já conquistado. curar o vácuo.
argh, a duras penas, viu?! trabalho braçal, constrangedor, imbuído de todo o tato disponível.

ah, e se depois desse post você resolver me deixar no vácuo, ggrrrrrr, vai sentir da minha fúria!

(hahahahahaha! surtada!)

m.

domingo, fevereiro 20, 2005

Vontade de não voltar (ou medo de mudanças)

Nota da redação: o Ministério da Saúde adverte - não responsabilizem A.L. pela qualidade do post abaixo; a culpa é de sua mente que sente dificuldade em explicar seus pensamentos para outras pessoas.

Podem chamar de preguiçosa, de boa vida, do que for... Mas que eu não quero que amanhã chegue, isso não quero mesmo.

Pela primeira vez em cinco anos, eu tive férias; sabe F-É-R-I-A-S?! Ficar de barriga pro alto, filosofando nada sobre coisa alguma, sair com os amigos quando desse na telha, ficar de bobeira até as tantas, conversando com meus pais na cozinha, vendo DVD e comendo pipoca até não poder mais, viajando sem ter a obrigação de voltar logo por causa do estágio/trabalho.

Assim foram esses dois meses e pouco, que mais pareceram horas. Foram férias produtivas, por incrível que pareça. Li vários livros, comecei a trabalhar em um projeto, fiz um curso, trabalhei, tirei muuuuitas fotos... Porque, então, voltar?

Eu não estou pronta; isso posso afirmar com toda a certeza do mundo. Apesar de a faculdade me trazer sempre coisas boas, o curso não cansar de me surpreender e eu me ver interessada sempre em algum assunto novo, a volta às aulas vai significar não só meus três E's favoritos (estresse, estudo e estágio novo), mas principalmente ser colocada frente a frente com alguns erros.

Sei que isso não deveria me preocupar, que deveria mesmo encarar de frente, mas estou petrificada. Porque? Medo; puro e simples. Medo de não conseguir ser a mesma, medo de ver que eu magoei pessoas de forma irremediável, ainda que sem conhecer realmente a razão, de perceber que eu não vou conseguir consertá-los e, principalmente, de ver que as coisas mudaram.

Minha Irmã sempre diz que eu sou taurina até o último fio de cabelo: odeio mudanças. Pois ela está certíssima; odeio mesmo! Queria poder conservar as coisas boas do jeito que acontecem, para que não perdessem o brilho, a doçura, a beleza. Sei que não é possível e sofro horrores com isso.

Mas "that's the way life is", certo?! Então, acho que vou separar caderno, lapiseira e (tentar achar) minha Constituição, respirar fundo e esperar a segunda-feira chegar; não sendo conformista, talvez um pouquinho menos ansiosa. Depois eu conto o que aconteceu... Ou o que não aconteceu...

por A.L.

sexta-feira, fevereiro 18, 2005

Post rápido, fruto da "auto-raiva"

Sou mesmo uma hipócrita!!! É, garotas, vocês estão certas; a macacada arrumou uma líder: essa que vos escreve!

¬¬

por A.L.

P.S.: É isso que dar os pais viajarem e a outra aqui ficar pensando besteira; era melhor ter deletado esse post enquanto dava tempo; agora já era...

sábado, fevereiro 12, 2005

Carta

Caro Santo Inspirador dos Blogueiros que Acham que Sabem Escrever,

Venho mui respeitosamente pedir esclarecimentos acerca da minha recente falta de inspiração para comparecer ao estabelecimento Two Popcorns e escrever algumas linhas sobre um tema qualquer.

Ao tolher a minha parca criatividade, além da frustração causada à minha pessoa, devo lembrar-lhe que o senhor sobrecarregou minha parceira, fazendo com que M., sempre muito equilibrada, perca a cabeça e escreva textos sem noção.

Peço-lhe uma orientação; como fazer para obter uma dose extra de imaginação (além, é claro, de suplicar em preces públicas como esta...)? Devo seguir o bom e velho conselho do genitor: "leia, filha, leia!!!", ou devo, ainda, aproveitar a próxima semana, de "férias forçadas" (leia-se trabalho escravo in English para o mesmo) e pensar em alguns novos temas que não levem nossos dois ou três leitores a desertarem o http?

Aguardo, ansiosa, a sua resposta e agradeço desde já a ajuda tão necessária.

Atenciosamente,

A.L.

P.S.: M., segura as pontas aí que em uma semana eu volto!

sexta-feira, fevereiro 11, 2005

Soneto do Amor Impossível, de Pedro Lyra.

Basta um olhar
- e logo se percebe
ser o tão pretendido e inalcançável.

(Insiste-se à razão de uma recusa
que fecunda o motivo de insistir.)

Porém em vão
ou contra:
o outro circula
além das nebulosas
- magneto
que repele
à malícia com que atrai,
encanto que alimenta
e que aniquila.

A dor não é não-conseguir:
a dor
que rói
que queima dentro
e cresta até
os desejos que ainda nem brotaram
é a dor de o admitir como impossível
de ter que desistir
resignar-se.

(E há só um impossível:
- admiti-lo.)



Aqui se encerra o 'daydreaming'.
E tenho dito.
M.


quinta-feira, fevereiro 10, 2005

"Latinis Falanis Valenis"

marmotis, praxis.

dequis, sequis.

copis?! já eris!

latinis falanis valenis.

cookies: delícis...

molequis malaquis!

músis, bandis...

(se passanis valenis.)

óquis.

máquis, fotis, flashis.

festis, dançanis, pulanis, suanis com os bigodinis!

bebis de sonis.

orkutis: vermis.

livris grossis, demoranis séquis.

dedis mindinis lembranis libidis no ar.

(se passanis de novis.)

latinis cantanis músis breguis.

meninis gargalhanis sentinis dor.

botanis bonequis, acordanis o povis.

joganis comidis podis foris, estombis podis.

buraquis!!!

ppfffff, marmotis valenis.

amiguis masganis.

postis bestis...

vidis bestis?! nem a pau!!!

"ié-rié-rié-rié-rié!", parafraseanis seu fernandis banguelis.

achanis bonis valenis.



por m.
(talvez em seu dia mais besta e improdutivo ever! e produzindo o post com mais piadas internas que já se viu!)

sexta-feira, fevereiro 04, 2005

Tomara... (ou Devaneios depois de uma noite de telespectadora da vida real...)

Tomara que as minhas new year's resolutions dêem certo...
Tomara que aquele projeto saia do papel...
Tomara que meu joelho pare de incomodar...
Tomara que o estágio dê certo. E...
Tomara que seja melhor do que imagino...
Tomara que eu não decepcione meus amigos...
Tomara que mais gente boa se aproxime...
Tomara que, pelo menos um, fique por aqui e vire amigo...
Tomara que eu possa ajudar a resolver os problemas do mundo...
Tomara que aprenda mais letras de músicas...
Tomara que eu volte a ter aulas de violão...
Tomara que eu viaje muuuuito. E...
Tomara que estude mais ainda...
Tomara que consiga escrever como antes...
Tomara que o curso traga mais e mais boas surpresas...
Tomara que eu não precise escolher, mas se precisar...
Tomara que faça a escolha certa. E...
Tomara que não me arrependa...

por A.L.

"Tomara que você volte depressa, que você não se despeça nunca mais do meu carinho..."
por Paula Morelenbaum

terça-feira, fevereiro 01, 2005

só imaginando, delirando, pensando em como seria (amigos, ao menos, até lá?!).

- oi.
- oh, desculpa, nem te vi aí. oi.
- queria falar contigo, pode ser? tenho que aproveitar que não tem tanta gente te cercando, acontece o tempo todo.
- fala, pode falar.
- assim... é que... eita, mas também foi horrível esse teu "fala". parece pressão. ou pior, coisa de quem nem liga, que droga. tem nem como falar mais, nunca vi tanto desinteresse.
- oh, nem foi, dia ruim, sei lá. tu é que tá muito doída com tudo, nunca vi.
- ou tu que nunca teve nem aí, pode ser, né? era pra dizer que, assim, tu ainda sendo desse teu jeito aí, eu sou doida por ti. não sei o que foi não, mas deu nisso. deve ter sido o palco. foi mal, tentei evitar, não deu. tenho pra mim que tu deu corda, eu gostei, tô nessa. pronto, falei.
- eita.
- "eita"?! é isso que tu consegue dizer? quanta expressividade, meu deus... e o que dizer da sensibilidade à flor da pele do rapaz?! quer saber? vai se catar. eu aqui me derretendo, me colocando numa situação vulnerável, correndo todo o risco de ser só mais uma, porque devem ser muitas a fazer isso, óbvio, e tu me solta um "eita". vai se catar, definitivamente.
- espera.
- hum, tivemos progresso no mundo da sensibilidade?! soltou um verbo dessa vez... parabéns!
- tô em choque, porra, pera!
- tu já foi menos grosso.
- eu também gosto de ti.
- ahn?!
- é.
- nem a pau. desse jeito? nem a pau.
- gosto. muito. mas achei que nunca tivesse nada, tu é muito ríspida. indiferente até, às vezes.
- eita, uou, uou, como assim? eu pareço uma retardada te olhando, boba, todo mundo já reparou; tu nunca viu?
- não, só te via olhando pro lado. até o dvd lá era mais interessante que eu. tu já deve ter é decorado, de tanto que já viu aquele dvd.
- ei, já ouviu falar de defesa?! como eu ia olhar pra ti 100% do tempo?!
- sim, mas precisa ser a ponto de desfazer tudo?
- ah, meu filho, mas eu que vim aqui e disse tudo. a coragem foi minha, louvável, tava que não agüentava mais.
- eu sei, mas eu sou muito tímido pra essas coisas...
- ai, é?! e como foi com a "linda" lá?! francamente...
- assim... eu mencionei, já nessa conversa, que também gosto de ti?! já, né?!
- já. foi mal. é que tava foda. angustiante. porra, eu toda pra ti e tu lá, nada. tem até uma comunidade no orkut, a "eu odeio ficar no vácuo". engraçado que contigo eu sempre ficava no vácuo e ainda assim gostava. puta merda, lesada.
- ei, não vou soltar um "i feel the same way" pra parecer cena de cinema, não, viu?
- besta. (sorrindo)
- dei corda mesmo, comecei tudo isso. tu demorou a dar sinal de volta.
- foi? pensei que sim, mas depois vi que devia ser coisa da minha cabeça.
- espera. a gente pode parar de discutir uma relação que a gente ainda nem sabe se existe pra eu poder te dar um beijo?!
- pensei que tu nunca fosse pedir, hehe.
- agora pareceu cena de cinema.
- oh, mas nem foi forçado, vai ver que é isso mesmo que se diz na iminência de um beijo, sei lá.
- hehehe!
- que foi?
- tenho que entrar numa comunidade ali também.
- ahn?! e isso é hora de pensar em comunidade do orkut?!
- tu pensou nesse instante.
- duh, mas foi um exemplo.
- a minha também é.
- vai me esperar implorar pra saber qual é?!
- "cala a boca e beija logo".
- que horror!
- e nem assim tu consegue se calar.
- pudera, mas tu tinha mesmo que estrag...
(...)
- devia ter me calado assim antes, hehe.


por m.