domingo, janeiro 30, 2005

Sinto falta das cenas dos próximos capítulos.

nunca fui a-maior-fã-de-novelas-ever, não mesmo.
não tenho paciência, acho tudo uma avalanche de clichês... e por aí vai a lista de motivos pelos quais não mantenho esse hábito (vosso) de cada dia. ah, incluídos aí os reality shows.
o que ainda me desce é um ou outro seriado: semanal, esparso, leve, história coesa, não tão densa ou intricada...
o que não posso negar, depois de tanto depreciar novelas e afins, é o meu fascínio pela entidade "cena do próximo capítulo".
não tenho tanta certeza, mas desconfio que isso se dá pela gigante dessemelhança com a veracidade do que é real, palpável (redundância!perdoem, mas foi necessário).
óbvio que tudo existe única e exclusivamente por questões de marketing, ou mesmo pela estrutura folhetinesca; contudo, inegável a ânsia que esse momento me provocava, quando ainda existia.
parando e visualizando: como seria ter a real noção da cena de um capítulo de sua própria vida?!
ridículo como posso soar, era o que ainda me prendia à globo, hehehe! a possibilidade de antever o porvir fazia meus olhinhos hazel (segundo o orkut, hehehe!) brilhar.
bom, o fato é que a mágica até das novelas foi extinta, e o que ficou foi a aflição de viver e ter expectativas cheias de agonia sobre o inesperado.
morrendo de medo de ver tudo passar sem ter uma prévia tranqüilizadora.
morrendo de medo, ainda mais agora.
morrendo de medo.
tomara que o que está por acontecer (ou não! ¬¬) sirva pra ensinar, amadurecer, de alguma forma.
e, infelizmente, nem posso contar com a ajuda das cenas do próximo capítulo.


por m.

terça-feira, janeiro 25, 2005

Simplesmente simples...

Quem me dera ter gênio simples, pensar simples, agir simples, escrever simples... Simplesmente viver.

Mas eu não sou assim; sou indecisa, preocupada e complicada até não poder mais. Lembrei agora do meu primo, que está na comunidade do Orkut "eu odeio gente eclética", na qual os indecisos não têm vez... Tadinha de mim.

Penso que eu devo ter passado na fila da paranóia umas 30 vezes seguidas, só por diversão; chegava lá no guichê, recebia minha porção e voltava. Da fila da indecisão, até hoje não saí... Mas, pensando bem, elas deviam ser divertidíssimas! Aliás, muitas das pessoas mais fascinantes que eu conheço devem ter me feito companhia em algum momento, em uma delas (senão nas duas...).

Agora acabei de lembrar de um dos textos mais simples, que eu li em um dos momentos mais complicados pelos quais já passei: "Não se sinta culpado por não saber o que fazer com sua vida. As pessoas mais interessantes que conheci,não sabiam aos 22. E algumas das mais interessantes ainda,aos 40 continuam sem saber".

Hmmm... Espero mesmo que tenha alguma coisa de interessante, apesar de essa nunca ser uma palavra encontrada na minha descrição pessoal; provavelmente estaria substituída por confusa...

Vai me entender... Se alguém um dia conseguir, por favor me avisa.

por A.L.

P.S.: Mencionei que a fila das "viagens" eu peguei aproximadamente 10.000.000 de vezes?!

sábado, janeiro 22, 2005

melancolia (ou considerações sobre a amizade perdida e a menina cheia de saudade do ex-melhor amigo)...

a gente tem conversado muito sobre isso.
e, quando uso esse tempo verbal, faço referência a um passado não muito próximo; acho que desde a soi.
tentei "aconselhar" a.l. quanto a um assunto particular, à época (lembra?!).
hoje, bem... o que vejo é meu auto-retrato - uma vítima da incapacidade de executar seus próprios ditos... que infeliz, hein?!

dedico este post a um ex-melhor amigo que tenho a audácia de chamar de alma gêmea.
é, chamo mesmo. talvez só eu saiba o valor que ele (ainda) tem pra mim, dona dessa vidinha medíocre e cheia de melancolia por não tê-lo mais por perto. eita, falei como se ele tivesse morrido. não, ele não morreu.

ele é o menino que foi meu melhor e maior (literalmente) crítico. disse o que pensava e nunca ficou com medo de levar uma cara feia minha (vixi, levou muitas). e sempre ficava tudo bem porque eu acreditava (e falo também no presente, ainda acredito) em tudo o que ele me dirigia, fosse uma palavra dura, fosse um afago.

quando ele aniversaria, eu sempre apareço. mas a cada ano é diferente e dói mais, porque é como se eu sentisse a vibração de uma coisa que não deveria vibrar - a distância. é que chega a doer, pulsa de um jeito triste e forte. e como dói. dói como nó na garganta.

já vi porta-retratos nossos substituídos por fotos atuais, já vi o quarto dele despido das minhas memórias de colégio e um pouco das de infância. constatei que a família dele ainda me quer um bem danado mas, infelizmente, nada vai ser como antes. sei que tenho minha culpa, sei mesmo. mas não teria sido diferente se eu tivesse feito de outro modo, tenho certeza. nosso afastamento era inevitável. a ruptura viria de ré, digamos, mas viria. e o menino sempre essencial continua sendo, só ele que não vê mais.

e por mais que eu fique mal toda vez que o veja, principalmente nesses últimos tempos - nervosos e saudosos -, nunca deixei de achar que ele está comigo há muito tempo, desde outras vidas, se é que elas até existem. ele é um suspiro todo, uma entidade linda, um fofo mesmo. e vai ser lembrado sempre, que ele nunca duvide disso (embora eu tenha certeza de que isso aqui, ao menos, ele nunca vai vir a ler...).

que o inesperado dê conta de recolocá-lo na minha vida (ou não, conforme seja melhor pra nós dois).
mas se eu tivesse que me manifestar, em palavras, em prol disso, aqui vai meu humilde pedido, hehehehe!

e pra ele: balada do amor inabalável, do skank.
(essa sempre disse muito da gente.)

por m.

quarta-feira, janeiro 19, 2005

"It feels like home to me..." ou sim, mais um post saudosista, bem daquele jeito que eu adoro

Acabei de voltar de Niterói... Nikity. Pra quem não sabe, fica no estado do Rio; "do outro lado da ponte", a quarta cidade em qualidade de vida no Brasil ( e, dizem as más línguas, a primeira em quantidade de multas também...) e a "cidade Niemeyer".

Mas, pra mim, Niterói é muito mais. É família, é andar pra todo lado a pé, é Campo de São Bento, é sorvete na Padaria Beira Mar, é viver de short e Havaianas. Foram muitas férias com os primos, e é o único lugar em que eu fico com marquinhas de biquíni (acho que é o único lugar onde pego sol...), é passear no Shopping Icaraí e ir na Bombolândia quando não se tem nada a fazer.

Niterói tem cheiro de pastel, panqueca e brigadeiro na casa da minha vó Conceição, combina com partidas de buraco até as duas da manhã na casa da minha Vozinha e tem som de Plaza lotado quando eu resolvo ir ao cinema.

Nikity é sempre sinônimo de viagem, seja pra Araruama, Teresópolis ou Cabo Frio; dessa vez foi Angra e Ilha Grande.

Tem sempre alguma coisa pra fazer por lá, ainda que pareça que eu não tô fazendo nada. Tirar fotos do pôr-do-sol em Icaraí, dar uma volta de carro pelas bandas de São Francisco ou Itacoatiara, andar pelo bairro e rir sozinha das lembranças boas da minha infância.

Niterói tem a cara do Clube Central, do cinema do Cine Center, além da Gutemberg e da Ver & Dicto, as duas melhores livrarias da face da Terra!!! Combina sempre com risada, com diversão e com saudade.

E Niterói é, acima de tudo, crescimento. Em todas as visitas, sempre acontece algo que me faz mudar; e sempre pra melhor. Descobertas, reflexões, epifanias mesmo... Quando estou lá, viro mais moleca que nunca (os arranhões e hematomas na perna esquerda não me deixam mentir...), mas quando volto sempre me sinto diferente, parece que eu sempre cresço.

Enfim, Niterói e mudança são duas coisas fundamentais que parecem sempre caminhar juntas. Até 2006, Nikity... =)

por A.L.

terça-feira, janeiro 18, 2005

"a vida segue"?! que lástima...


"a vida segue".
quem disse isso tava muito amargurado; tentou escapar soltando esse clichê fácil.
isso é obviedade irrefutável, mas não deixa de ser dolorido.
francamente, não me consola saber que não vou poder vivenciar tudo o que quero, que vou brincar de espectadora (e não artífice, de fato) da minha própria vida.
hum... "my fake plastic world".

e isso tem a ver contigo.
é, contigo mesmo.
que toma meu fôlego a qualquer sinal de atenção que me dá.
que me mata de curiosidade sobre as opiniões que deve ter (porque eu nem te conheço pra saber quais são...), que devem ser interessantíssimas (quer sejam sobre a efemeridade da vida, ou ainda sobre astrofísica, sei lá) e, mesmo não sendo, mas vindas de ti, têm todo um brilho diferente.

será que tu sabe disso?! não, né?!


looking out the door i see the rain fall upon the funeral mourners

parading in a wake of sad relations as their shoes fill up with water
and maybe i'm too young to keep good love from going wrong
but tonight you're on my mind so you never know

when i'm broken down and hungry for your love with no way to feed it
where are you tonight, child, you know how much i need it
too young to hold on and too old to just break free and run

sometimes a man gets carried away, when he feels like he should be having his fun
and much too blind to see the damage he's done
sometimes a man must awake to find that really, he has no-one

so i'll wait for you... and i'll burn
will i ever see your sweet return
oh will i ever learn

oh lover, you should've come over
'cause it's not too late

lonely is the room, the bed is made, the open window lets the rain in
burning in the corner is the only one who dreams he had you with him
my body turns and yearns for a sleep that will never come

it's never over, my kingdom for a kiss upon her shoulder
it's never over, all my riches for her smiles when i slept so soft against her
it's never over, all my blood for the sweetness of her laughter
it's never over, she's the tear that hangs inside my soul forever

well, maybe i'm just too young
to keep good love from going wrong

oh... lover, you should've come over
'cause it's not too late
well i feel too young to hold on

and i'm much too old to break free and run
too deaf, dumb, and blind to see the damage i've done
sweet lover, you should've come over
oh, love, well i'm waiting for you

lover, you should've come over
'cause it's not too late


.lover,you should've come over.jeff buckley.

(todinha pra ti.)

por m.

quarta-feira, janeiro 12, 2005

Graaaaande Ilha!!!

Amei! Adorei! Perfeito! Quatro dias sem confusões, sem gritaria, sem carro, sem celular... Nem relógio eu levei.

Foram quatro dias de trilhas lindas, praias de águas cristalinas, pôres do sol encobertos, noites lindas, estrelas e muita diversão. Senti, pela primeira vez em muito tempo que eu estava de F-É-R-I-A-S.

Baterias recarregadas. Duvidam?! Um guia de estudos terminado desde que eu cheguei. ;)